(Foto White Angel)
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
3 comentários:
O teu blog está com um "look" muito bonito :) Estive ausente mas agora volto :)
*Beijinhos*
Quando a ausência dos outros é o estrar num momento intinamente nosso...
Mas tb há momentos em que a ausencia não é esse sentir!!
No entanto não há que lastimar ...
Só está presente quem faz sentido que o esteja ( ou quem nós vemos, mesmo se ausente / distante ...)
Divagações :)
Gostei dessa tua foto.
Beijinhos,
MJ
Olá
eu também ando ausente :(
beijinho
Paulo
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